Cabo submarino busca evitar espionagem da NSA

Anteontem (29/10) a internet completou 45 anos.

Exatamente 5 anos atrás, o tio Laguna começava a rascunhar este texto comemorativo. Será que a internet mudou muito desde 2009?

Sim, com certeza. Aconteceu tanta coisa nestes 5 anos que fica difícil escolher as mudanças mais relevantes nas interwebs em si. De cara eu escolheria a computação na nuvem e as redes sociais, termos que mais se destacaram no período. Infelizmente uma coisa não mudou muito nestes últimos 5, 10, 45 anos de internet: boa parte de todas as comunicações na rede ainda passam pelos Estados Unidos, país pioneiro.

E isso inclui nosso Brasil. A maioria dos cabos submarinos que conectam o país ao exterior tem como alvo a América do Norte.

Temos apenas um único cabo submarino transatlântico já desatualizado (2000) e sobrecarregado (apenas 40 Gb/s), o Atlantis-2 que conecta o Brasil diretamente ao principal parceiro comercial: a União Europeia. Isso quer dizer que, na prática, a maior parte da comunicação feita entre a América Latina e a Europa passa pelos Estados Unidos.

Depois que o governo brasileiro se deu conta de que poderia estar sendo espionado pela NSA, a Telebras se apressou em por em prática o projeto do novo cabo submarino transatlântico que percorreria os 5.600 km entre Fortaleza e Lisboa. Ele será instalado em conjunto com a espanhola IslaLink e custará por volta de US$ 185 milhões.

Detalhe que empresas norte-americanas do ramo, como a Cisco, não foram sequer consideradas para prover qualquer serviço em tal infraestrutura. Aliás, estima-se que as empresas de tecnologia dos Estados Unidos poderão perder 35 bilhões de dólares até 2016 (data prevista para o funcionamento do cabo) em contratos de telecomunicações graças ao receio de espionagem por parte da NSA.

Além de tentar evitar a indiscrição, há outro bom motivo para a instalação do cabo Brasil-Europa: seria interessante para o país ter mais opções para hospedagem que não os datacenters norte-americanos, que também serão taxados para privilegiar o mercado nacional. Sendo muito otimista, com futuros serviços de armazenamento e processamento de dados em provedores nacionais de qualidade poderíamos competir no mercado de datacenters com outros países emergentes: ter um link mais próximo de consumidores em potencial seria bastante interessante nesse sentido.

Fonte: Bloomberg via Gizmodo / Meio Bit

Outras Notícias

‘PISCINAS DA MORTE’ NO FUNDO DO MAR PODEM CONTER EVIDÊNCIAS DE VIDA EM OUTROS PLANETAS

“Piscinas da Morte” foram encontradas por pesquisadores da UM (Universidade Miami) no fundo do Mar Vermelho. Na área ...

Novo golpe no cartão: criminosos bloqueiam pagamento por aproximação; saiba como se proteger

Cibercriminosos desenvolveram novas variações de um programa que infecta maquininhas de cobrança, a fim de provocar o...

Conheça formiga que brilha no escuro; inseto possui luz verde que ‘acende’ com cheiros

Cientistas da Universidade de Rockefeller, nos Estados Unidos, criaram uma formiga transgênica que brilha no escuro. ...

Inteligência emocional para traders é tema de curso gratuito oferecido pela Nelogica na Invest Academy

A Nelogica, investech brasileira com a maior participação do mercado pago de plataformas de investimento do país e um...