Praias onde há risco de envenenamento por águas-vivas vão receber bandeiras lilás
Bandeiras foram doadas aos Bombeiros pela Univali e chegam às praias no Carnaval
As praias que tiverem infestação de águas-vivas neste Carnaval serão sinalizadas com uma bandeira lilás. As bandeiras foram produzidas pela Univali e entregues ao Corpo de Bombeiros, que fará a distribuição entre os batalhões do litoral nesta sexta-feira.
A universidade inspirou-se em uma parceria semelhante que já é feita no Rio Grande do Sul. Foram produzidas ao todo 500 bandeiras e três mil folhetos educativos, que serão entregues aos banhistas nas áreas de risco.
— Vi uma entrevista do comandante dizendo que não tinha verba para isso, e resolvemos oferecer ajuda — afirma o reitor Mário Cesar dos Santos.
A cor das bandeiras leva em conta o padrão internacional de sinalização que indica a presença de animais marinhos perigosos. Na praia, é usada como uma bandeira secundária, junto com a que orienta sobre as condições do mar.
Todo o material foi levado de Itajaí pelo comandante regional dos Bombeiros, tenente-coronel Charles Vieira, e será entregue esta tarde durante uma reunião de comando em Florianópolis.
A sinalização chega em momento propício: neste verão já foram registrados mais de 78 mil acidentes com águas-vivas nas praias catarinenses. A proliferação, em especial nesta época do ano, se dá porque o momento é de reprodução das espécies e, como há mais banhistas, a chance de se ferir é maior.
Dor e sensação de queimação, causada por envenenamento, são os principais sintomas. Eles podem ser tratados com medidas de primeiros socorros simples, como aplicação de água do mar gelada e compressas de vinagre.
Vale lembrar que, ao ver a bandeira lilás, é melhor evitar o banho de mar.
Como agir em caso de envenenamento:
- A espécie que representa mais de 90% dos casos de acidentes com banhistas é uma hydromedusa conhecida cientificamente como Olindias sambaquiensis. Ela é comum na costa brasileira e argentina;
- Essa água-via é arredondada, tem tamanho máximo de dez centímetros e tentáculos curtos de coloração alaranjada;
- As crianças são suas principais vítimas, por permanecerem mais tempo na água;
- As irritações provocadas por esta espécie são amenas em comparações com outras águas-vivas menos frequentes, mas podem estragar seu dia de praia caso a concentração destes organismos seja muito elevada;
- As reações da pele restringem-se a vermelhidão e inchaço arredondados;
- Em caso de contato, evite lavar o local com água doce (torneira, chuveiro, mineral);
- Não coce a região afetada. O movimento aumenta a liberação de toxinas na pele e piora os sintomas;
- Não é recomendado urinar sobre a região afetada. A ação pode gerar contaminação da pele e agravamento do quadro;
- O tratamento destas irritações é simples, com o uso de vinagre caseiro, água do mar resfriada, lidocaína tópica e mentol para aliviar a coceira;
- Também pode ser aplicada uma solução de bicarbonato de sódio. Bastam duas colheres de sopa diluídas em um litro de água do mar;
- Cremes contendo arnica ou ureia, também, diminuem a dor e o desconforto;
- Compressas de água morna/quente (ou geladas) ou com solução morna de bicarbonato, também, podem ajudar;
- Por fim, pode ser necessário assistência médica e tratamento medicamentoso.
Fonte: O SOL DIÁRIO
AM