Surgiu um novo hormônio para o tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer

Uma única injeção de um fragmento do hormônio klotho, ligado à longevidade, poderia melhorar a cognição de pessoas com doenças neurodegenerativas, de acordo com um estudo realizado com ratos e publicado nesta terça-feira (9).

Cientistas descobriram que a proteína klotho melhora o desempenho cognitivo e físico em ratos velhos ou debilitados, segundo o estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, e publicado na revista Cell Reports.

“Com o nosso novo envelhecimento demográfico, a disfunção cognitiva e a falta de mobilidade estão agora emergindo como nossos maiores desafios biomédicos, e não há terapias médicas verdadeiramente efetivas para esses problemas debilitantes”, disse a autora principal, Dena Dubal.

“Nossas descobertas sugerem que o tratamento com um fragmento de klotho melhora a função cerebral durante toda a vida e pode representar uma nova estratégia terapêutica para aumentar a resiliência cerebral contra doenças neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer e o Parkinson”, acrescentou.

Mas os pesquisadores disseram que estudos clínicos serão necessários para determinar a segurança e a eficácia da injeção de klotho em humanos. O corpo produz naturalmente este hormônio complexo, que está envolvido em múltiplos processos celulares e está ligado à longevidade em vermes, camundongos e humanos.

Nos organismos modelo, assim como nos humanos, os níveis de klotho diminuem com a idade, estresse crônico, envelhecimento cerebral e doenças neurodegenerativas. Estudos anteriores descobriram que a exposição ao longo da vida a níveis elevados de klotho aumenta as funções mentais, mas não está claro se o tratamento a curto prazo usando o hormônio poderia melhorar rapidamente a cognição.

Neste estudo, ratos jovens tratados com o hormônio por quatro dias consecutivos apresentaram uma função cognitiva notoriamente melhorada, benefício que durou mais de duas semanas.

Os ratos que estão envelhecendo apresentaram melhoras em apenas dois dias após uma única injeção do tratamento. E vários dias do tratamento aliviaram a deficiência em camundongos com sinais de doenças neurodegenerativas. “Todo esse trabalho vai nos ensinar algo realmente importante sobre como o corpo transmite resiliência ao cérebro”, disse Dubal.

Estudo da Fiocruz
Com a rápida expansão do zika em território brasileiro nos últimos anos, há um tempo pesquisas na Fiocruz tentam indicar se outros vetores – além do Aedes aegypti – são capazes de transmitir o vírus.

A desconfiança maior recaiu sobre o pernilongo Culex quinquefasciatus que, como o Aedes, é comum em áreas urbanas. A Fiocruz, então, foi investigar se o mosquito é capaz de transmitir o zika – e, agora, após o sequenciamento genético parcial do vírus encontrado no mosquito, pesquisadores afirmam que há dados consistentes capazes de sugerir que o Culex é transmissor do zika em Recife.

O estudo foi publicado nesta terça-feira (9) no “Emerging Microbes & Infections”, publicação do grupo “Nature”.

“No Recife, a população de Culex é maior que a do Aedes. A hipótese era que, se o pernilongo fosse um vetor, isso poderia explicar o porquê do zika ter se espalhado com relativa rapidez aqui e no Brasil”, aponta Gabriel Wallau, pesquisador da Fiocruz e um dos autores do artigo.

A Fiocruz já sequenciou genoma do zika coletado em humanos. O artigo foi publicado na revista “PLos” em 2016. Agora, a diferença foi que o vírus sequenciado foi obtido do mosquito coletados em Pernambuco. Semelhanças entre os dois sequenciamentos se somam ao corpo de evidências de que o Culex tem potencial para ser um vetor.

Além disso, cientistas descreveram evidências microscópicas de que o vírus está se replicando na glândula salivar do Culex.

O pesquisador aponta que é a primeira vez que se faz um sequenciamento genético do vírus a partir do Culex. O sequenciamento do Zika a partir do Aedes foi feito por um grupo nos Estados Unidos.

O achado pode influenciar políticas públicas voltadas para o controle do mosquito. A Fiocruz agora pretende mapear o comportamento do pernilongo no meio ambiente para entender se o Culex de fato tem o mesmo poder de transmissão que o Aedes.

Fonte: O SUL
A.M

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