Menino que pediu vacina contra o câncer ao Papai Noel ganha chocolates e videogame
Criança de 10 anos mora em Blumenau. História sensibilizou escola onde ele estuda.
Depois de escrever uma cartinha ao Papai Noel pedindo uma vacina contra um câncer na cabeça, Gabriel Martinelle da Rosa, de 10 anos, teve uma surpresa na tarde de terça-feira (7) ao receber 20 barras de chocolate e um videogame. Ele mora em Blumenau, no Vale do Itajaí.
Os doces e o brinquedo eram a segunda e a terceira opção de presentes na carta escrita por Gabirl, que descobriu um tumor na cabeça, atrás dos olhos, no começo deste ano. A doença causou a perda parcial da visão.
Sensibilizada com a carta, a direção da escola em que ele estuda faz uma campanha na internet para arrecadar R$ 110 mil para custear um ano de tratamento.
“Eu fui abrir a porta da sala de aula e as pessoas estavam lá com todos aqueles presentes. Eu fiquei muito contente,”, contou a criança. “Ele estava tão feliz que não queria nem dormir”, complementou Viviane Martinelle, mãe do menino.
Depois de receber os presentes, Gabriel dividiu os chocolates com os colegas, dois professores e o diretor da escola. Para a noite desta quarta (8), prepara a estreia do videogame. “Como ele não tinha nenhum jogo, só instalamos o aparelho depois da aula. Hoje, depois do jogo comprado, começa a jogar de verdade”, disse a mãe.
Segundo a direção da escola, as pessoas que doaram os presentes pediram para manter a identidade em sigilo.
Há três anos, os alunos da Escola Pedro II escrevem cartas pedindo presentes de Natal, mas nunca houve uma como a do menino. “Querido Papai Noel. Oi, meu nome é Gabriel Martinelle da Rosa. Eu queria ganhar uma vacina. Eu tenho câncer. Eu tenho medo de morrer, sei que é muito ruim”, disse o garoto na carta.
No começo deste ano, ele descobriu um tumor na cabeça, atrás dos olhos, que causou a perda parcial da visão. Apesar de ter passado por quimioterapia e radioterapia, o menino não se abalou. “Eu fiquei normal, porque eu não podia fazer nada na hora, era para o meu melhor”, afirmou.
Conforme a mãe do menino, a história de Gabriel tem despertado a solidariedade das pessoas. “Muita gente entrou em contato querendo ajudar, o Hospital Santo Antônio de Blumenau tenta uma consulta para ele em Florianópolis, para que sejam feitos novos exames e quem sabe até se consiga a vacina”, contou Viviane.
Sem poder passar por uma cirurgia, uma injeção poderia estabilizar o tumor, mas o medicamento custa caro e a família não tem como pagar. “A vacina vai estabilizar o tumor. Com o tempo, o médico falou que pode até sumir, porque ele vai estar reagindo”, afirmou Viviane.
Fonte: G1
A.M