Escassez de milho no Oeste gera críticas à falta de planejamento do governo federal
Problemas com abastecimento de milho no Oeste para atender o agronegócio local ganhou destaque na sessão desta quarta-feira (21) da Assembleia Legislativa e gerou críticas ao governo federal.
“Ano passado houve uma safra enorme, mas infelizmente os preços não cumpriram a expectativa e este ano tivemos diminuição de 20% de milho, estamos tendo problemas, temos de trazer três milhões de toneladas”, explicou o presidente da Comissão de Agricultura, Natalino Lázare (Podemos).
Segundo o deputado, o milho cultivado no Centro-Oeste está sendo transportado para os portos do Norte, principalmente para produzir etanol. Enquanto isso, o milho que vem do Paraguai e da Argentina está parado na aduana de Dionísio Cerqueira.
“O Brasil contra o Brasil, a aduana de Dionísio está em greve, dificultando a entrada, temos problemas de toda ordem”, relatou Natalino, que cobrou planejamento do governo federal.
“Há 30 milhões de toneladas em estoque que poderiam ser disponibilizadas pela Conab, infelizmente falta planejamento”, criticou Natalino.
Cesar Valduga (PCdoB) elogiou o empenho da Comissão de Agricultura e também criticou a União.
“Precisa de planejamento, de uma política agrícola séria, os agricultores sempre são penalizados pela falta de uma política estratégica séria e rápida, até em função do êxodo rural, porque um ano é crise do milho, no outro a crise da bacia leiteira, precisa de incentivo fiscal para a sobrevivência do agricultor”, defendeu Valduga.
Foto: sfagro
Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
A.M