Produtor de tilápias prevê prejuízos de até R$ 300 mil devido à falta de energia elétrica em Ipira

O produtor de peixes Orlei Ostjen, de Linha Capelinha (Ipira), estima um prejuízo de até R$ 300 mil na sua produção de tilápias. Sua propriedade ficou mais de 14 horas sem luz, após um temporal com ventos fortes derrubar uma árvore em cima dos fios de alta tensão e desligar a chave. A luz caiu por volta das 23h e até as 15h de domingo, ainda não havia sido restabelecida.

Muitos peixes dos sete açudes de Ostjen, que possuem uma fundura de cerca de quatro metros, acabaram morrendo. “Os peixes têm entre 900 e 950 gramas. O que vocês estão vendo são os primeiros que morreram. Até amanhã o açude vai ficar branco”, disse em entrevista ao Jornal Comunidade/ Magronada, que esteve no local. O produtor previa entregar 40 toneladas de tilápia entre o final do mês de abril e início de maio.

Ostjen contou que a família fez 14 ligações para a Celesc, mas sempre obteve a mesma resposta. “A resposta é que eles estavam cientes do problema e iriam resolver. Os vizinhos também ligaram. Tentei inclusive contato com a ouvidoria, mas sem sucesso”, disse. Todos os protocolos foram anotados e os SMS estão registrados no celular.

A propriedade de Ostjen foi adequada para a instalação dos açudes de criação, projetados pela Epagri, e possui transformador próprio. Os criadouros têm 12 aeradores (máquina que ajuda na produção do oxigênio na água), que passam cerca de 10 horas ligados diariamente, principalmente nos dias em que não há sol. “Passamos dias e noites cuidando da produção, principalmente agora que eles [os peixes] estavam próximos do tamanho adequado para a comercialização, puxando ração, pois o trabalho é todo manual e agora vemos todo esse trabalho ir por água abaixo”, lamentou Ostjen. Ele ainda disse que gasta R$ 1,3 mil com luz por mês e nunca atrasou o pagamento.

A mãe de Ostjen, dona Loni, também estava preocupada. “É o trabalho da nossa família. É um pecado ver toda a produção morrendo e a gente não poder fazer nada”, falou. O produtor passou a noite sem dormir, tentando controlar a entrada de água nos açudes, local onde os peixes vão quando falta oxigênio na água.

O Comunidade/Magronada esteve na propriedade e até as 15h, Ostjen previa que metade da produção já estava perdida. “Vou acionar a justiça sem dúvida”, disse o produtor. “Vou tentar ver com uma empresa se eles [a produção perdida de peixes] podem ser utilizados para fazer farinha, mas é muito difícil. Caso contrário, teremos que recolher os peixes mortos, talvez até secar o açude e enterrar tudo. Serão dias de trabalho”, completou.

Recentemente, o Legislativo de Ipira, onde Ostjen é vereador, e também a Câmara de Piratuba, enviaram um documento para a Celesc solicitando um plantão permanente para as duas cidades. Ostjen registrou um boletim de ocorrência.

Outros prejuízos


Os vizinhos estão ajudando uns aos outros para tirar o leite, de forma a evitar mais prejuízos. Walter Gehradt, vizinho de Oltjen, também estava preocupado com a situação. “Isso é um descaso com a nossa comunidade. Somos em cerca de 12 produtores nesta parte da Linha Capelinha. O problema do mato por cima da rede já derrubou a rede outras vezes”, contou Gehradt.

MAGRONADA
A.M

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