Golpe do falso sequestro pelo celular ainda acontece no Brasil

“Mãe. Mãe, eu fui sequestrada, mãe”.

O conteúdo da ligação é estranho para alguém que não tem filhos e logo se dá conta de que a chamada pode ser um golpe. Mas, e quando a pessoa tem filhos fora de casa? E quando tenta ligar para o telefone do parente supostamente sequestrado, mas não consegue? O golpe do falso sequestro é antigo, mas ainda pode registrar vítimas no Brasil.

Geralmente, os bandidos que ligam dizendo que estão fazendo um parente de refém pedem uma quantia razoável de dinheiro, seja mediante à entrega presencial, depósito bancário ou até mesmo pedindo a recarga de créditos no celular.

Mas, qual é a probabilidade, em um cenário de sequestro real, que o criminoso peça créditos? Ou passe seus dados bancários? Ou que fique por longos minutos no telefone em um primeiro contato, sem se preocupar em ser rastreado?

Eis que recebi, nesta terça-feira (26), de um número desconhecido, uma ligação típica desse tipo de golpe: uma voz de criança dizendo que foi sequestrada, como é possível ouvir abaixo. Desta vez a decisão foi logo desligar a ligação, mas sabemos muito bem o que viria depois: o pedido de socorro e o resgate.

Caso a pessoa fique nervosa e se desespere com o choro na chamada, alguns erros podem fazer com que o golpe vá adiante. Dar o nome de alguém que logo vem à sua mente é o primeiro equívoco, assim como, sem notar, passar outras informações referentes à sua vida pessoal ao bandido.

As ligações acabam sendo feitas até mesmo de dentro de cadeias, ou mesmo fora delas, sendo que eles ligam para números totalmente aleatórios. Recentemente, falamos no Minha Operadora sobre a situação cada vez mais crítica de pequenos celulares que permitem que a comunicação de presidiários continue acontecendo, já que ainda não há um consenso sobre a instalação de bloqueadores de sinais em presídios.

Talvez uma recente e nova medida de segurança para cadastrar clientes pré-pagos, que vem sendo cogitada para ser lançada pelas operadoras, também possa ajudar a evitar o acesso de bandidos.

Mas, enquanto nada efetivamente acontece, o importante a se fazer nesses casos é, primeiramente, manter a calma. Por mais que seja difícil, com o estado emocional abalado, é preciso analisar.

Por exemplo, em um sequestro real, a pessoa do outro lado da linha geralmente evita chamadas longas, fazendo uma primeira ligação, e avisando sobre uma segunda chamada que deve ser feita na sequência, o que evitaria as chances de rastreio ou identificação.

Minha Operadora

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