Congresso vota nesta terça-feira valor do salário mínimo para 2020

O Congresso Nacional realiza nesta terça-feira (24) uma sessão conjunta para analisar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o ano de 2020. A proposta, aprovada no mês de agosto pela CMO (Comissão Mista de Orçamento), prevê salário mínimo no valor de R$ 2.040 a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem.

O reajuste, de 4,2% em relação aos atuais R$ 998, corresponde à mesma variação prevista para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Com a queda das expectativas de avanço dos preços, no entanto, o governo reduziu a previsão para R$ 1.039 e manteve o aumento sem ganhos reais. Para 2021 e 2022, as projeções de salário mínimo são de R$ 1.082 e de R$ 1.123, respectivamente.

Entre 2011 e 2019, a política de reajuste do salário mínimo estabelecia que o salário mínimo fosse corrigido pela inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) — soma dos bens e serviços produzidos no país — de dois anos antes. A política nem sempre representou aumento real na remuneração mínima paga aos trabalhadores porque o PIB do país não cresceu em 2015 e 2016.

Cada aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca de R$ 298,2 milhões no Orçamento de 2020. A maior parte desse efeito vem dos benefícios de um salário mínimo da Previdência, pago a aposentados e pensionistas.

A LDO para 2020 prevê ainda um rombo primário de R$ 124,1 bilhões nas contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Desde 2014, as contas do governo federal estão no vermelho, e o texto prevê que essa situação perdure até 2022.


Vetos

Além da LDO, estão na pauta do Congresso 15 vetos presidenciais sobre leis sancionadas recentemente. Entre eles, destaca-se o que se refere à gratuidade para bagagens de até 23 kg nos aviões com mais de 31 assentos, que já aguarda análise há três meses.

Leia mais: aviões não tem espaço para mala de mão de todos

A medida havia sido incluída pelo Congresso em medida provisória que liberou capital estrangeiro em companhias aéreas. Ao sancionar a norma, Bolsonaro retirou do texto essa isenção, mantendo em vigor a regulamentação que dá gratuidade apenas para bagagens de mão até 10 kg.

Um veto mais recente e que também causa expectativa se refere a vários trechos da lei de abuso de autoridade.

Das 53 condutas tipificadas como abusivas, 23 foram vetadas. Entre elas estão o uso desnecessário de algemas, a busca e apreensão sem flagrante ou mandado, a produção de imagens de presos sem consentimento e a manifestação pública sobre processo em curso.

A análise deste item começa pelos senadores, uma vez que a lei é produto de um projeto que nasceu no Senado. Há um movimento destinado a preservar as intervenções do Executivo sobre a lei, com 34 senadores se declarando favoráveis a manter o veto. São necessários 41 votos para derrubá-lo. Os deputados só serão consultados sobre os trechos do veto que o Senado eventualmente rejeitar.

Também constam da pauta vetos ao chamado Estatuto da Liberdade Econômica e à lei que autoriza a internação compulsória de dependentes químicos.

R7

Outras Notícias

Bolsa Família chega a 231 mil beneficiários de Santa Catarina a partir desta quarta

A partir desta quarta-feira (17/4), mais de 321 mil beneficiários de Santa Catarina recebem o repasse do Bolsa Famíli...

Aprovadas as contas do exercício 2023 do Sicoob Crediauc

As contas do exercício 2023 do Sicoob Crediauc foram todas aprovadas em evento realizado dia 17 de abril, em Concórdi...

Sicredi UniEstados encerra ciclo Assemblear

Na manhã de sábado (13/04), aconteceu a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Sicredi UniEstados. A reunião que contou ...

CREDICEM é reinaugurada em Concórdia

No dia 11 de abril foi reinaugurada em Concórdia (SC), a CREDICEM, a Mini Cooperativa de Crédito que integra o projet...