SC bate recorde de casos de dengue e detecta novo sorotipo da doença

Santa Catarina tem 4.601 casos de dengue confirmados em 2020, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Assim, este é o ano com mais casos da doença em SC. Até então, 2016 tinha registrado o maior número de casos (4.379).

Do total de casos deste ano, a maioria (4.265) é autóctone, ou seja, foram casos contraídos dentro do estado. Há transmissão de dengue em 46 municípios catarinenses. Desses, 10 estão em condição de epidemia, quando a taxa de incidência da doença é maior do que 300 casos por 100 mil habitantes: Águas de Chapecó, Bombinhas, Caibi, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Joinville, Maravilha, São Carlos, São Miguel do Oeste e Tijucas.

Novo sorotipo identificado: DENV4

Além do recorde de casos de dengue, há circulação de três sorotipos da doença: DENV1, DENV2 e DENV4. “É o primeiro ano que ocorre a identificação do DENV4 no estado, bem como o registro de circulação simultânea de 3 sorotipos”, explica João Fuck, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (DIVE/SC).

As amostras foram processadas para pesquisa viral pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Estado. O município de Balneário Camboriú e Florianópolis apresentam circulação simultânea dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV4. No município de Tijucas ocorre a circulação do sorotipo DENV1. Nos municípios de Itapema, Porto Belo e Itajaí está circulando o sorotipo DENV2.

“Existem quatro sorotipos do vírus da dengue. Os sorotipos são DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido”, alerta Fuck. Os quatro sorotipos já circularam no Brasil, sendo que em Santa Catarina até o momento só haviam sido identificados os sorotipos DENV1 e DENV2.

Os sintomas da doença são os mesmos, independentemente do sorotipo, sendo: febre, dores de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, entre outros. A pessoa que já contraiu a doença uma vez apresenta um risco maior de evoluir para a gravidade em uma segunda infecção, tendo em vista que o sistema imune já está sensibilizado.

Prevenção à dengue

A melhor medida para evitar a transmissão de dengue continua sendo eliminar os possíveis criadouros com água parada, onde o mosquito Aedes aegypti possa se reproduzir. A orientação é que na presença de qualquer sintoma o paciente procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência.

As equipes da Secretaria de Estado da Saúde monitoram diariamente a situação da doença no estado, acompanhando e auxiliando tecnicamente os municípios nas ações a serem realizadas. Mas é importante que a população também faça sua parte:

• evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

• guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

• mantenha lixeiras tampadas;

• deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

• plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

• trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

• mantenha ralos fechados e desentupidos;

• lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

• retire a água acumulada em lajes;

• dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

• mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

• evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

• denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde.

NUCOM - Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)

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