Foto: AFP / Russian Direct Investment Fund / Handout

Vacina Russa contra o novo coronavírus exigirá duas doses com proteção para dois anos

O Fundo de Investimentos Diretos da Rússia em cooperação com o Instituto Gamaleya apresentaram na quinta-feira, 20 de agosto, em conferência com 300 jornalistas de todo o mundo, detalhes da primeira vacina registrada no mundo contra o novo coronavírus. A expectativa é de que a produção e imunização em massa aconteça a partir de outubro.

Os cientistas compararam as demais vacinas que estão em testes e devem chegar em breve ao mercado. Diferentemente das demais, o imunizante russo tem dois invólucros: ad26 e ad5, algo que só é encontrado na Sputnik V. Outro ponto que se diferencia é a forma com que o gene é transportado no corpo humano, mostrando eficácia similar ou até maior com as demais.

Produzida a partir do adenovírus humano, a dose se mostrou efetiva em macacos, coelhos e ratos. Nos macacos, por exemplo, criou-se resistência contra a enfermidade. A partir daí, 20.000 pessoas foram testadas e os resultados também foram animadores.

Outro ponto exaltado pelos russos é de que não foram observados efeitos colaterais graves nos primeiros humanos submetidos aos testes. Os principais sintomas adversos envolvem hipotermia e dores de cabeça, classificados como insuficientes. Isso mostra, conforme eles explicaram, que as vacinas produzidas com adenovírus humano são seguras.

Com a aprovação do governo Russo, uma nova testagem clínica está para a ser realizada. Nesta nova fase, 40.000 pessoas serão acompanhadas de perto, com teste randomizado e controlado, com o objetivo de proteger primeiramente aquelas pessoas que fazem parte do grupo de risco. Todo o procedimento deve ser acompanhado de perto pelo Ministério da Saúde Russo.

O Fundo de Investimentos Diretos da Rússia acompanhou 35 variantes que estavam como candidatas, porém a elaborada pelos cientistas do Instituto Gamaleya pareceu ser a mais promissora. Outra garantia é de que, a produção e elaboração do medicamento segue as práticas mais modernas, se baseando nas produzidas contra o Ebola em 2015 e usada no surto na África Ocidental e contra o Mers, coronavírus simular ao COVID-19. A tecnologia também deve ser compartilhada com acadêmicos ao redor do mundo.

Em testes, se observou que, serão necessárias duas doses da vacina para proteção efetiva com intervalo de tempo de 21 dias entre a primeira aplicação e a segunda aplicação. A proteção deve durar dois anos e deverão ser vacinadas pessoas que não contraíram o coronavírus e aquelas que já contraíram a doença. Sobre o Brasil, a Rússia considera que o país possui capacidade de produção, e está aberto a estados e nações que desejam a vacina, mas que ainda não se manifestaram.

Confira algumas informações resumidas

- Duas doses com intervalo de 21 dias e proteção por dois anos;
- Cooperação de tecnologia com outros países;
- Vacina produzida com base nas disponíveis pela Rússia contra o Ebola e o Mers;
- Utiliza-se o adenovírus humano, o que possibilita o surgimento de novas vacinas, inclusive uma universal contra a Influenza;
- 20.000 pessoas testadas com proteção efetiva;
- Brasil tem capacidade de produção;
- Produção em massa e vacinação disponível a partir de outubro em território Russo.

Leandro de Souza - Rádio Piratuba FM

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