Enfermeira conta história sobre a diabetes em sua vida – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

ENFERMEIRA DE SC DIAGNOSTICADA COM DIABETES DESDE OS 8 ANOS CONTA ACEITAÇÃO: ‘NÃO TENHO MEDO’

O Dia Nacional da Diabetes é comemorado no Brasil nesta segunda-feira (26). Pensando nisso, o portal ND+ buscou entender mais sobre a doença e contar a história de quem convive com ela.

A convivência com a diabetes começou cedo para a enfermeira Priscila Regina Valverde Campos, de 40 anos. Ela descobriu a doença ainda criança, com oito, e desde então aprendeu diversas estratégias para lidar com a diabetes.

“A descoberta veio através de uma crise que eu precisei ser levada para o hospital. Foi então que toda a família precisou aprender a conviver com a doença”, conta.

Mesmo com a doença, tida como grupo de risco, a profissional decidiu trabalhar durante toda a pandemia de Covid-19.
“Eu nunca usei a diabetes como desculpa para não fazer algo, e na pandemia não seria diferente. Claro que como profissional eu tomava mais cuidado, mas não deixei de lado a enfermagem”, conta.

Durante a imunização contra a doença, Valverde trabalhou aplicando as vacinas em Florianópolis, município pelo qual é concursada. Além disso, a profissional atou também na testagem de coronavírus.

Com bom humor e sorrisos a profissional esbanja comentários positivos sobre a doença. Em uma de suas publicações na internet Valverde diz que é claro que não é bom ter a doença, mas a diabetes trouxe “diversas pessoas maravilhosas”.

Os colegas comentam orgulhosos em suas publicações: “Que orgulho dessa mulher”, diz uma.


Tipos de diabetes
A médica endocrinologista e metabologista Camila Spivakoski explica que a diabetes é dividida em alguns subtipos.

“Atualmente os subtipos mais comuns são o tipo 1, que está associado a deficiência grave de insulina por destruição das células do pâncreas produtoras de insulina, e que é mais comum em crianças e adolescentes, e o diabetes mellitus tipo 2, o subtipo mais comum, frequentemente associado com os erros alimentares, sedentarismo e obesidade”, explica.

Segundo a profissional, diferente do tipo 1, que tem início mais abrupto, com sintomas decorrentes da deficiência de insulina (perda de peso, sede aumentada por exemplo), o diabetes tipo 2 tem um início mais lento, em geral com uma história prévia já de alterações leves de glicemia em exames laboratoriais.

“O diabetes tipo 2 em geral é assintomático, e por isso, muitas vezes não é valorizado pelo paciente, o que acaba atrasando um tratamento adequado. Os sintomas, nesse caso, acabam sendo decorrentes de um quadro de descompensação aguda ou pelas consequências do diabetes descompensado mantido, como alteração visual, de nervos periféricos, perda de função renal, além de aumento do risco cardíaco, ou seja, nesse caso os sintomas já não são do diabetes, mas sim, de suas complicações”, descreve.

Tratamento para diabetes
A médica conta que o tratamento é individualizado e que não há fórmulas mágicas.

“O tratamento deve ser sempre individualizado, a depender do grau de controle de cada paciente. Nos casos de diabetes tipo 1, o tratamento sempre incluirá insulina (devido à deficiência de insulina presente desde o diagnóstico), porém, no caso do diabetes tipo 2, o tratamento em geral se inicia com medicamentos via oral, com necessidade, em alguns casos, de insulina para adequado controle”, diz.

A profissional explica que o pilar do tratamento do diabetes continua sendo cuidados alimentares, com redução do índice glicêmico da refeição (redução do consumo de alimentos ricos em carboidratos simples e uma boa distribuição entre proteínas e fibras), além de atividade física regular.

Já no caso do diabetes tipo 2, a prevenção continua sendo o melhor remédio.

“Manter um estilo de vida saudável, com cuidados alimentares e exercício físico regular é essencial para evitar tanto o desenvolvimento quanto a progressão para a doença”, finaliza.


Quem acabou de descobrir
Priscila Valverde encoraja quem acaba de descobrir a doença a não desistir de si e entender que há inúmeros avanços na medicina.

“Hoje a gente tem tecnologias que fazem com que a gente possa ter uma vida normal. Claro que vamos precisar aprender a conviver e isso não é fácil. Com certeza isso nos assusta, dá medo, mas é possível”, fala.

A enfermeira encerra o recado para quem acabou de receber o diagnóstico com um encorajamento:

“Eu tenho duas filhas e um casamento, a diabetes nunca me impediu de nada”, finaliza.

Créditos: ND MAIS

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