Carne suína de Santa Catarina passará a ser exportada para a República Dominicana. – Foto: Julio Cavalheiro/Divulgação/ND

SC EXPORTARÁ CARNE SUÍNA PARA A REPÚBLICA DOMINICANA

Os produtores de carne suína de Santa Catarina tem muito a comemorar neste mês de agosto. Conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o Brasil vai passar a vender carne suína para a República Dominicana. O país caribenho, conforme a associação, possuí um potencial de importar cerca de 130 mil toneladas em 2023.

Para o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi, o estado tem muito a comemorar com a abertura de mercado com a República Dominicana. “Há muito sim a se comemorar pois é mais um país dando aval na qualidade da carne suína produzida em Santa Catarina”, comemora Lorenzi.

De acordo com o Ministério da Agricultura, no Brasil três plantas foram habilitadas imediatamente para embarcar produtos para o mercado dominicano. Os estados escolhidos foram Acre, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul

Para Losivanio, o Acre não possuí uma cultura tão forte de produção e venda de carne de suíno, por conta disso, o presidente da ACCS espera que Santa Catarina e o Rio Grande do Sul fiquem com a maior “fatia” nas vendas deste produto.

“O Estado do Acre não possui uma cultura tão forte de produção e comercialização de carne suína, portanto, temos grandes expectativas de que nós (Santa Catarina) juntamente com o Rio Grande do Sul, conquistemos a maior parcela dessas vendas”, destaca.

Além disso, o Ministério da Agricultura espera que novos estabelecimentos gaúchos, catarinenses e também do Paraná sejam habilitados após a conclusão de trâmites pendentes.

Ainda não é possível quantificar com precisão a quantidade de vendas da carne suína catarinense para a República Dominicana. Conforme Losivanio mencionou, esses acordos estão atualmente em processo de negociação entre os governos. Além disso, os produtores estão aguardando para determinar se haverá imposição de barreiras tarifárias ou outras exigências por parte do país caribenho.

Expectativa de compras em grande quantidade da carne suína de Santa Catarina
A República Dominicana é um dos mais relevantes mercados importadores de carne suína das Américas. Anualmente, o país produz 45 mil toneladas de carne suína, mas consome 165 mil toneladas, conforme dados de 2022 do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Em 2022, a República Dominicana importou 120 mil toneladas do produto e a projeção para 2023 aponta para compras internacionais de até 130 mil toneladas, conforme projeções do USDA. Cerca de 85% desse volume é proveniente dos Estados Unidos, sendo completado pelo Reino Unido e Canadá.

SC impulsiona exportação de carne suína com cerca de 56,3% do total nacional
As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 105,3 mil toneladas em julho deste ano, conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Segundo a associação, esse resultado supera em 9,3% o total exportado no mesmo período de 2022, com 96,3 mil toneladas. Santa Catarina não só acompanhou esse movimento, como foi destaque no setor.

O Estado é responsável por mais de 50% das exportações
Conforme a Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina e Cepa (Centro de Socioêconomia e Planejamento Agrícola), no mês de julho, as exportações catarinenses de carne suína responderam por 54,3 mil toneladas do total exportado pelo Brasil. No acumulado do ano (de janeiro a julho), o Estado responde por 56,3% das exportações.

No cenário nacional, no acumulado do ano (janeiro a julho), as vendas internacionais de carne suína obtiveram uma alta de 14,6%, com 695,1 mil toneladas exportadas contra 606,5 mil toneladas no ano passado. No mesmo período, os lucros pelas vendas do produto alcançou a marca de US$ 1,663 bilhão, com saldo 24,3% maior que o total registrado no ano passado, com US$ 1,337 bilhão.

De acordo com a ABPA, a receita gerada com os embarques de carne suína do mês de julho no Brasil totalizou US$ 249,9 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhões), esse saldo é 12,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com US$ 222,4 milhões (cerca de R$ 1.086 bilhões).

“Pelo quinto mês seguido as exportações de carne suína superam o volume total de 100 mil toneladas. Há boas expectativas quanto ao desempenho dos embarques do setor para o ano, com indicativos de potencial recorde”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.


Maiores compradores de carne suína
A China segue como o maior comprador de carne suína do Brasil, com 38,3 mil toneladas importadas somente no mês de julho, mantendo praticamente a estabilidade (-0,1%) em relação ao mesmo período de 2022.

Além da China, também foram destaques as vendas para as Filipinas, com 11,4 mil toneladas; seguido por Hong Kong, com 7,8 mil toneladas; e o Chile, com cerca de 6,9 mil toneladas.

Os maiores exportadores do Brasil, além de Santa Catarina, são o Rio Grande do Sul, com cerca de 28,7 mil toneladas exportadas, seguido pelo Paraná, que exportou 13 mil toneladas de carne suína.

Créditos: ND MAIS

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