Associação Brasileira de Caminhoneiros pede redução do preço do diesel; categoria não descarta protestos
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) protocolou, nesta segunda-feira (14), ofício junto à Presidência da República em que exige a adoção de medidas que reduzam a incidência de impostos sobre os preços dos combustíveis, sobretudo o óleo diesel. E deu prazo até o próximo domingo (20) para que se abra negociação sobre o assunto, com a indicação de uma paralisação em nível nacional caso isso não aconteça.
Em documento de seis páginas destinado ao presidente Michel Temer (MDB), o ofício pede a redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributos que incidem sobre o combustível.
“Não podemos aceitar que argumentos como: cumprimento da meta fiscal para manutenção da trajetória de recuperação da economia e desta forma retomar o crescimento do país, seja suficiente para que o governo venha de uma maneira arbitrária anunciar vários aumentos dos combustíveis em pequenos espaços de tempo. Sabemos muito bem que esse déficit elevadíssimo poderia ser contido de outras formas e não desta, aumentando os percentuais que incidem sobre o valor do combustível”, protesta a associação no documento.
Mas o governo já sinalizou que não pretende abrir mão de impostos para conter a alta no preço dos combustíveis. Em entrevista ao portal G1 na última sexta-feira (11), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que, com o problema fiscal enfrentado pelo país atualmente, não existe nenhuma possibilidade de redução tributária.
De acordo com levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos últimos 12 meses o preço médio de revenda do óleo diesel subiu aproximadamente 15,9%.
Fonte: ATUAL FM
A.M