Paciente canta e toca violão durante cirurgia no cérebro em SC

Yesterday, de Beatles, Bem Maior, da banda Roupa Nova, e a música sertaneja Telefone Mudo, do Trio Parada Dura, foram algumas das canções tocadas por um paciente de 33 anos enquanto passava por cirurgia de retirada de um tumor no seu cérebro (veja no vídeo acima). O objetivo era avaliar se o lado bom do cérebro não seria afetado durante o procedimento.
Anthony Kulkamp Dias cantou e tocou violão na cirurgia e foi realizada na quinta-feira (28) em um hospital de Tubarão, no Sul de Santa Catarina. A previsão é de que ele receba alta nesta quarta-feira (3).
O anestesista Jean Abreu Machado explica que, geralmente, neurocirurgias são realizadas com o paciente sob anestesia geral e ausência de dor, mas quando o tumor está próximo a áreas como a da fala e movimentação, há risco de perda das funções, caso elas sejam lesadas durante o procedimento. Por isso, é importante manter o paciente acordado.
“As áreas com funções especiais podem ser monitoradas em tempo real. Assim, são menores as chances de lesão e é possível uma otimização do tratamento”, explica o anestesista.
Para evitar a dor, foram aplicadas medicações na veia combinadas a anestésicos locais. Além disso, de acordo com o anestesista, o tecido cerebral não possui sensores para dor.
Segundo a assessoria de imprensa da unidade, o paciente alertava os médicos quando sentia dormência em alguma parte do corpo. A cirurgia contou com equipe de seis profissionais, entre neurocirurgiões, anestesista, instrumentadora cirúrgica e fonoaudióloga.
Primeira cirurgia com violão
Deitado e com um lençol azul na parte superior na cabeça, ele apoiou o violão sobre o tórax e manteve a equipe médica alerta sobre o limite da cirurgia feita por uma equipe do Hospital Nossa Senhora da Conceição durante nove horas.
Os primeiros acordes do paciente - no começo da cirurgia - foram dedicados ao filho, Emanuel, para quem Anthony compôs uma música. Ele descobriu o tumor cerebral cerca de duas semanas após o nascimento do filho, quando percebeu alterações na fala. O tumor atingia também a área responsável pela coordenação motora.
Durante todo o procedimento, o paciente alternava as músicas com descanso orientado pela equipe médica. Em alguns momentos, o médico anestesista ajudava o paciente com o peso do violão.
Esta é a 19ª cirurgia com monitorização cerebral realizada pelo hospital e a primeira onde o paciente tocou. O hospital é o único no estado a fazer este tipo de cirurgia. O procedimento de quinta-feira foi por convênio, mas conforme a assessoria de imprensa do hospital, geralmente elas são realizadas através do Sistema Único de Saúde (Sus).

Fonte: G1

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