O ano de 1983 jamais sairá da memória de todos os moradores da região Meio-Oeste do Estado.

Em 1983, o Ano da Devastação no Vale do Rio do Peixe.

Há 38 anos atras, em 1983 jamais sairá da memória de todos os moradores da região Meio-Oeste do Estado. No dia 7 de julho daquele ano, o Rio do Peixe se transformava em um mostro assustador, que com sua fúria provocou destruição em todos os municípios do vale.
Desde Caçador, até Piratuba, todas as cidades que se ergueram ao lado das águas tranquilas do rio viram patrimônios serem devastados, numa catástrofe da natureza que até hoje ainda não teve precedentes. As fotos reunidas pelo Portal Éder Luiz, enviadas por leitores que infelizmente não conseguimos identificar, mais aos quais agradecemos pela colaboração, dão a noção exata do que foram aqueles dias.
Ao clarear o dia 8 de julho já não chovia mais. Ouro e Capinzal a exemplo das demais cidades do Vale do Rio do Peixe passavam a contabilizar as perdas provocadas pela maior enchente da história. Em Capinzal, 96 residências desaparecerem das margens do rio, 116 famílias ficaram desalojadas. Centenas de outras famílias desabrigadas. Praticamente todo o centro comercial foi tomado pelas águas. Os prejuízos eram incalculáveis.
Em Joaçaba e Herval d´Oeste a apreensão também não era pequena. As pessoas se aglomeravam nas ruas próximas ao Rio do Peixe para ver aquele “espetáculo” assustador que a natureza proporcionava.

Famílias ribeirinhas corriam contra o tempo, vendo que a chuva não dava tréguas e que a água do rio aumentava seu nível. As rádios locais informavam que na região de Caçador a chuva também não parava, essa era uma informação preocupante. Enquanto chovesse na nascente, mesmo que nos demais municípios parasse, o nível continuaria aumentando.

Em Luzerna a parte baixa e mais próxima do rio já era devastada pela força das águas. As residências ao longo da Avenida Caetano Natal Branco também.
A enchente mostrava seu poder assustador arrastando vagões e até mesmo locomotivas na estação de Herval d´Oeste.
Mas, a prova de que aquela era mesmo a maior catástrofe que já assolou a região estava ainda por acontecer. Joaçaba e Herval d´Oeste se orgulhavam de ter a maior ponte construída sem auxílio de escoramento, fato inédito na história do concreto armado no mundo, a Emílio Baumgart, que levava o nome do engenheiro que a construiu. A ponte possuía o maior vão livre conhecido na época (68,5m) e foi construída por um método revolucionário devido a sua altura em relação ao rio e às suas repetidas cheias.
Mas, nem mesmo o que foi projetado para suportar ás águas, resistiu. Na madrugada do dia 8 de julho, pelos relatos de quem morava perto da ponte, só se ouviu um grande estrondo e foi possível perceber que a estrutura havia sucumbido.
Em Piratuba e Ipira não foi diferente, inclusive a Ponte que ligava os dois municípios estava em construção, pois era de madeira e um pilar que seria derrubado, não resistiu a força da água e caiu. Posteriormente a ponte foi construída em concreto armado. Os prejuízos para os dois municípios foi muito grande na época.
A destruição foi gigantesca e reconstruir era a palavra de ordem. As lições do passado foram compreendidas, mas ainda hoje é possível perceber que alguns abusam da benevolência do Rio do Peixe.

Portal Eder Luiz
Por L. A.

Fotos

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