Brasil registra aumento de 62% nas mortes por infarto entre mulheres de 15 a 49 anos – Foto: Freepik/Divulgação/ND

BRASIL REGISTRA AUMENTO DE 62% NAS MORTES POR INFARTO ENTRE MULHERES DE 15 A 49 ANOS

Um problema que atinge tradicionalmente mais os homens, está afetando de forma similar o público de feminino. Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), o Brasil teve aumento de cerca de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto de 1990 para 2019.

Os dados são mais alarmantes estão nas faixas etárias de 50 a 69 anos, no qual o número quase triplicou, com um aumento de 176%.

Segundo Gláucia Maria Moraes de Oliveira, do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, a falta de conhecimento das mulheres sobre os sintomas as leva a procurar tardiamente um médico e, consequentemente, a terem um pior desfecho.

A especialista alerta que as mulheres podem ter sintomas diferentes daqueles apresentados por homens. Eles geralmente sentem dor intensa no peito, enquanto elas podem ter apenas cansaço extremo ou sinais semelhantes a uma crise de ansiedade.

Até mesmo alguns médicos não estão preparados para diagnosticar corretamente o infarto em mulheres, diz a especialista.

“Geralmente, as pessoas chegam ao pronto-socorro com obstrução coronária. Só que existem muitas mulheres que têm um tipo diferente de infarto, que a gente chama de ‘minoca’, em que há uma disfunção arterial igual à de um homem, mas sem a existência de uma placa aterosclerótica (placa de gordura que obstrui o vaso sanguíneo)”.


Sedentarismo, estresse e mudanças no estilo de vida
Entre os motivos do aumento do problema no público feminino, estão as mudanças no estilo de vida, o sedentarismo, estresse e outros fatores de risco.

Por possuírem um estilo de vida, geralmente, menos saudáveis que os das mulheres, o infarto foi atrelado historicamente aos homens. Diante disso, muitos médicos da família e clínicos gerais, que atendem em pronto-socorro, estão mais atentos aos sinais do problema cardiovascular no público masculino.

“Os cardiologistas sabem dessa diferença, mas os médicos que estão nas emergências geralmente não. Por isso, queremos conscientizá-los, além das próprias mulheres, sobre o diagnóstico”, diz Gláucia.

Créditos: ND MAIS


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