Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP

MAIOR NAVIO DE CRUZEIRO DO MUNDO TEM BILHETES DE ATÉ R$ 79 MIL; VEJA VALORES E FOTOS

Quem adquiriu os primeiros bilhetes para uma viagem a bordo do navio Icon of the Seas desembolsou a partir de US$ 1.537 (R$ 7,5 mil, na cotação atual). As vendas foram abertas em outubro de 2022, no que a Royal Caribbean declarou ter sido seu "maior dia de reserva nos 53 anos de história da empresa", de acordo com a rede americana CBS. No entanto, a depender do tipo de acomodação, dos destinos e da duração do passeio, as passagens chegam a custar US$ 10.864 (R$ 53 mil), por pessoa.


Agora, a pouco mais de quatro meses da viagem inaugural do navio, as viagens de sete dias para o oeste ou o leste do Caribe estão ainda mais caras. A mais barata delas, marcada para setembro do próximo ano, custa US$ 1.851 (equivalente a R$ 9 mil, na cotação atual), a bordo de uma cabine interior (ou seja, sem vista para o mar). Segundo a Forbes, a maior parte dos bilhetes para um passageiro no mesmo tipo de acomodação, em outros meses, fica entre US$ 2 mil (R$ 9,8 mil) e US$ 3,3 mil (pouco mais de R$ 16 mil).


Para se ter um quatro com vista para o mar, os preços sobem. Numa viagem de sete noites pelo leste do Caribe, os quartos com vista exterior custam a partir de US$ 2.061 (pouco mais de R$ 10 mil), em setembro. Em março, o valor vai para US$ 4.119 (mais de R$ 20 mil), sempre por pessoa. Já as cabines com uma varanda partem de US$ 2.249 (R$ 11 mil), em setembro, e chegam a US$ 5.245 (R$ 25,7 mil).

Há ainda a opção das acomodações de luxo, as Suite Staterooms. Uma vaga na Sunset Suite para algumas viagens no Icon of the Seas custa US$ 10.864 (R$ 53,2 mil), ainda segundo a Forbes. A reserva de uma Ultimate Family Townhouse no cruzeiro saía a US$ 16.160 (R$ 79,1 mil), por pessoa, para viagens de sete noites em novembro de 2024, segundo o portal "Cruise Critic". Neste caso, a supercabine acomoda oito pessoas, com três andares, dois quartos, tobogã, pátio e cinema exclusivos.

O presidente e CEO da Royal Caribbean International, Michael Bayley, afirmou em julho que a Ultimate Townhouse estaria totalmente esgotada para 2024 a uma taxa média de cerca de US$ 78 mil, US$ 80 mil, por semana — entre R$ 382 mil a R$ 392 mil, o que dá mais de R$ 54 mil por dia.


Navio tem oito decks e é cinco vezes maior que o Titanic

O maior cruzeiro do mundo, com um total de 20 decks, oito bairros e 365 metros de comprimento, recebe os últimos retoques antes de sua primeira viagem, marcada para janeiro de 2024. O navio Icon of the Seas fez seu primeiro teste em águas abertas em junho passado.

Cinco vezes maior que o Titanic, o gigante de 250.800 toneladas tem capacidade para quase dez mil pessoas: até 7.600 passageiros e 2.350 tripulantes. O navio contará com o maior parque aquático marítimo do mundo, com seis toboáguas de tamanho recorde. Além de sete piscinas, nove banheiras de hidromassagem, um simulador de surfe e mais de 40 restaurantes, bares e áreas de entretenimento. Uma particularidade é a gigantesca cúpula de cristal que cobre a proa.

O Icon of the Seas passa pelas últimas obras no estaleiro Meyer Turku, um dos principais construtores navais da Europa, em Turku, na Finlândia.

Em seu interior, são 28 tipos diferentes de acomodações, com mais categorias para famílias, mais layouts com vista para o mar e mais espaço para viajantes em grupo.

A Meyer Turku também tem dois outros navios de tamanho similar em sua carteira de pedidos.

— Os navios de cruzeiro ficaram maiores na última década — explica Alexis Papathanassis, professor de gestão de cruzeiros na Universidade de Ciências Aplicadas em Bremerhaven, Alemanha.

Segundo ele, "há benefícios econômicos óbvios" para os grandes navios, pois reduzem o custo de cada passageiro ao fazer economias de escala. Com shoppings, uma pista de patinação no gelo e "mais lugares do que qualquer outro navio", o "Icon of the Seas" também oferece mais lugares para gastar dinheiro a bordo.

O aumento do tamanho dos navios continuará, prevê Papathanassis, mas em um ritmo mais lento devido ao contexto econômico.

A embarcação, que estará junto à frota da Royal Caribbean em 26 de outubro, promete ser um pico evolutivo da linha de cruzeiros, usando a tecnologia mais recente para construir uma “base perfeita”. O Icon of the Seas é o primeiro navio da Royal Caribbean International movido a gás natural liquefeito (GNL) e tecnologia de célula de combustível, como parte do movimento da empresa para um futuro de energia limpa.

— Quanto maiores os navios, maiores são os custos de investimento e o conhecimento tecnológico exigido. E o conhecimento tecnológico não é barato — explica.

O Icon of the Seas navegará em férias de sete noites no Caribe Oriental e Ocidental partindo de Miami o ano todo. Cada viagem incluirá uma visita ao Perfect Day at CocoCay, o premiado destino de ilha particular da Royal Caribbean, bem como sua nova expansão, Hideaway Beach.

O atual detentor do título de maior navio de cruzeiro do mundo é a embarcação Wonder of the Seas, também da Royal Caribbean. Inaugurado no ano passado, o gigante tem aproximadamente 362 metros de comprimento, mas apenas 18 decks - dois a menor que seu irmão, Icon of the Seas.


Créditos : O GLOBO

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