Em uma sentença publicada recentemente, o juiz da Comarca de Capinzal, Caio Lemgruber Taborda, determinou que A.V.M, um homem de 41 anos, seja julgado pelo júri popular. Ele é acusado de cometer feminicídio em Ipira, Santa Catarina.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, em data e horário impreciso, mas provavelmente no final da tarde do dia 12 de fevereiro de 2023, A.V.M matou sua companheira por asfixia. O crime ocorreu na residência localizada na Rua 15 de Agosto, em Ipira.
O motivo do crime foi interesse patrimonial. A.V.M utilizava o patrimônio da vítima, Lorimar, para proveito próprio. Ele emprestava dinheiro em espécie com o intuito de efetuar pagamentos pessoais, como despesas com divórcio, transporte e outros. Essa conduta resultou em diversas dívidas em seu nome.
Após cometer o crime, A.V.M manteve o corpo de Lorimar Lutkemeier na residência de ambos por aproximadamente dois dias. Para ocultar o cadáver, ele o enrolou em uma coberta e o levou até um local ermo e distante, nas margens do Rio Uruguai, em Piratuba. Lá, queimou o cadáver por cerca de três horas, utilizando lenha disponível no local. Parte dos ossos foi jogada no leito do rio, e o restante foi deixado no local.
Após cometer o assassinato, o autor se apropriou do telefone celular da vítima e realizou uma compra de bebidas alcoólicas e drogas por meio de pagamento via Pix. O corpo da mulher permaneceu dentro do imóvel por dois dias.
