Especialistas dão dicas para evitar afogamentos de crianças no verão

A supervisão tem que ser 100% do tempo.

Um dos maiores especialistas em afogamento, o médico David Szpilman, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e do Hospital Municipal Miguel Couto, chama a atenção para as piscinas. A principal recomendação é para que os pais se mantenham a, no máximo, um braço de distância dos filhos pequenos. “A supervisão tem que ser 100% do tempo”, frisou.

Quem tem piscina em casa deve instalar uma grade em volta, dois ralos para evitar sucção, além de ter um telefone bem próximo, para que seja possível pedir ajuda em emergências.

Com o aumento do número de guarda-vidas e de placas com orientações sobre as condições do mar, Szpilman avalia que o número de casos de afogamento nas praias caiu muito nos últimos anos. Hoje, segundo ele, o maior número de vítimas está entre aquelas que sabem nadar.

De acordo com o especialista, os cuidados devem ser redobrados onde não há profissionais para o socorro imediato. É o caso de áreas naturais, como rios, cachoeiras, lagos e represas. “A partir dos 10 anos os afogamentos acontecem em águas naturais. A aparência do lugar pode ser de calma, de água tranquila, mas, na prática, pode revelar grandes perigos, como a correnteza e a profundidade, que não são visíveis”, destacou o diretor médico da sociedade de salvamento.

Em casa, o pais também não podem descuidar. A caixa d'água e o vaso sanitário devem permanecer tampados e as banheiras, em hipótese nenhuma, devem ser deixadas cheias. A organização não governamental Criança Segura lembra que afogamentos podem acontecer em pequenas quantidades de água, de até dois dedos. Para alertar as famílias, especialistas da sociedade de salvamento fizeram vídeos com medidas que devem ser tomadas para evitar acidentes no mar ou em águas naturais, principalmente, no verão, época que concentra quase a metade dos afogamentos no ano.

Dicas de segurança:
Vigiar e proteger as crianças numa piscina, no mar ou em qualquer lugar que tenha água é obrigação dos pais. Para evitar um afogamento, é necessário:

- Que se supervisione de forma ativa e constante a crianças que saibam ou não nadar, mesmo em lugares que não sejam profundos;

- Depois que usem baldes, banheiras e piscinas infantis sempre se deve esvaziar depois.

- Depois que se use o vaso sanitário, fechar com a tampa e manter a porta do banheiro sempre fechada.

- As piscinas devem estar protegidas e com acesso limitado para as crianças.

- Não se deve deixar o bebê ou a criança sozinha nem na piscina, nem na banheira, nem em qualquer recipiente que tenha água.

- Se tiver algum vizinho ou amigo que tenha piscina em casa, certifique-se de que o seu filho quando for visitá-los, seja vigiado por um adulto.

- Para proteger a criança que ainda não sabe nadar, o melhor é usar sempre um colete salva-vidas quando ela esteja na piscina, rios ou mar.

- É importante que as crianças aprendam a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação. Os pais também devem saber nadar.

- Quando leve a criança à praia, os pais não devem sair do seu lado. A correnteza e as correntes marinhas podem arrastá-la ao fundo ou longe da areia.

- Se a criança se afoga ou se engasga com a água, é importante que a afaste da água imediatamente. Se for necessário, chamar um serviço de emergência o mais rápido possível.

Fonte: AU ONLINE
A.M

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