Americanos tentaram retirar trecho de resolução que prevê que os países devem proteger e promover a prática
Pediatras brasileiros criticam investida dos EUA contra amamentação
Após investida dos Estados Unidos para mudar uma resolução da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre defesa e promoção do aleitamento materno, pediatras e entidades brasileiras criticaram a ação dos norte-americanos e sugerem posicionamento do Brasil nos fóruns internacionais em defesa da amamentação.
Na última terça-feira, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota pública criticando a posição da delegação dos Estados Unidos na reunião de maio da OMS, em Genebra, na Suíça. Em entrevista à Agência Brasil, o 1º vice-presidente da SBP, Clóvis Constantino, propôs reuniões entre representantes da entidade e especialistas com representantes dos ministérios da Saúde, das Relações Exteriores e do Trabalho para formular propostas que possam ser apresentadas pelo governo brasileiro nos fóruns internacionais.
"Cidadãos saudáveis significa segurança de uma nação. A gente entende que a cidadania saudável começa no início da vida e o aleitamento materno faz parte dessa saúde", disse. Na promoção do aleitamento materno no país, o médico defende a licença-maternidade de seis meses para trabalhadoras públicas e do setor privado, aumento no número de locais de amamentação e a ampliação da licença-paternidade.
Durante reunião, em maio, da Assembleia Mundial da Saúde, promovida pela OMS, representantes dos Estados Unidos tentaram retirar trecho de uma resolução que prevê que os países devem proteger e promover a amamentação. O texto recomenda ainda que os governos coíbam propaganda e campanhas para uso de fórmulas industrializadas em substituição ao leite materno.
CORREIO DO POVO
A.M