Foto: Alesc/Divulgação

Sargento Lima: “Pode ter certeza que o Sargento Lima vai ser ali um leão, defendendo a constituição, defendendo os direitos do catarinense até o último segundo. ”

A CPI dos respiradores na Alesc vai se encaminhando ao seu final e os membros que fazem parte da Comissão receberam nos últimos dias, a resposta das perguntas enviadas ao governador Carlos Moisés (PSL).

A reportagem entrou em contato com o Sargento Lima (PSL) que é o presidente da CPI. Segundo ele, os deputados que estão ouvindo as testemunhas já analisaram as respostas da autoridade máxima do estado.

Confira a entrevista

Leandro - Deputado, como anda a CPI? Ela já está na sua fase final? Há algum fato novo?

Sargento Lima - Os fatos novos, eles praticamente inexistem. Agora, realmente é uma fase de pegar todo esse material que foi colhido né, todos esses requerimentos, cada correspondência, cada ofício, cada relatório que foi entregue e analisar. Nós temos ainda relatórios do Ministério Público e da própria Polícia Judiciária que ainda faltam chegar as nossas mãos ainda, que estão sob sigilo que nós precisamos observar eles ali. Mas, ele já está sim, em avançadas fases de conclusão e logo, logo, teremos um relatório preliminar para ser votado e discutido entre os deputados e finalmente chegar a um relatório final da Comissão Parlamentar.

Leandro - O Governador Moisés enviou para a CPI uma série de respostas, algumas bastante equivocadas. A Comissão já conseguiu analisar as respostas, o que o governador escreveu ou ainda não houve tempo?

Sargento Lima - Já houve tempo sim até por que existe ali erros gráficos e em relação a datas, existe uma cronologia que é seguida que consegue achar uma série de incoerência entre as respostas do governador, o que demonstra para mim uma falta de preparo ou uma falta de atenção ou uma falta de cuidado com um assunto tão relevante, tão grave pra Santa Catarina, então faltou esse zelo dele de melhor estudar a cronologia dos fatos para poder responder. Bom, enfim, o fato dele ter colocado à disposição também não só da CPI, mas ter-se colocado à disposição de várias outras pessoas, não ter tido cuidado com esta informação, jamais descobriremos se foi por uma má atenção ou se foi realmente falta de cuidado com uma coisa que deveria ter sido dado determinado valor, porém as informações e as respostas é que estão por aí, pela internet. Eu fui pessoalmente ao centro administrativo buscar as respostas, nessa confiança de que seria algo que a gente pudesse analisar primeiro antes que houvesse um julgamento da sociedade. Muitas vezes o próprio réu ou aquela própria pessoa que está sendo investigada reclama de ter sido antecipadamente julgada, e ele trabalhou dessa forma, não sei com qual intenção e nós vamos descobrir se for por ser realmente desorganizado ou por alguma má intenção.

Leandro - O Fábio Guast, empresário que vocês ouviram há alguns dias, se negou a dar mais um depoimento. Ele alegou alguma questão ou apenas prevaricou?

Sargento Lima - Na verdade como é um direito constitucional dele permanecer em silêncio, como havia e existe da nossa parte da comissão um zelo pra que não seja exageradamente feito gastos, empenhos que não se deve ser feito de conduzir um pessoa mesmo que de forma coercitiva até o local do depoimento pra ele permanecer calado, a gente tem esse cuidado com os membros da CPI e um respeito muito grande com aqueles que nos assistem, o silêncio dele além de indicar aquilo que nós já sabemos, inclusive ele próprio já se desculpou diante dos equívocos que segundo ele, pra mim são atitudes que foram criminosas, ele acabou mesmo por conduzir essa situação e ele se encontra hoje em uma situação de culpado, no meu entendimento. Mas, jamais a gente expor o povo catarinense a esse espetáculo de ver uma pessoa sentada utilizando o direito dela de permanecer calado.

Leandro - Seria mais uma desculpa para ele não ir ou mais alguma razão?

Sargento Lima - Não, seria justamente a intimação daquilo que já foi avaliado até agora, desse crime que foi cometido, dessa situação vergonhosa que Santa Catarina foi submetida e mais uma vez, levar uma pessoa ali para ficar calada diante do povo catarinense e diante de nove parlamentares, seria mais uma vez submeter a gente a uma situação vergonhosa. Já não chega o que todos estamos passando diante de cada um dos depoimentos de pessoas que não se lembram de absolutamente nada que aconteceu e de fato são importantíssimos e que deveriam ter conhecimento.

Leandro - E, concluído esse relatório da CPI dos respiradores, hoje mesmo com o coronavírus, há um pedido de impeachment do governador, a queda dele do Palácio da Agronômica ou a Alesc deve deixar passar o coronavírus, essa questão dos respiradores pode ajudar Moisés cair ou pode deixar ele até o fim do mandato?

Sargento Lima - Eu não estou colocando como se fosse mais um lastro por um pedido de impeachment, estou colocando isso como um fato isolado, principalmente esta compra ela já deixa explicito a incapacidade do Governo do Estado de Santa Catarina de adquirir qualquer bem, perdeu a credibilidade neste sentido. Eu não vou antecipar julgo, não vou antecipar juízo de absolutamente nada, porém se visse a possibilidade de se reforçar um pedido de impeachment para o governador. O que posso adiantar é que estes pedidos existem e que eles, um depende do posicionamento final da CPI ou não, é independente. O que vai ficar claro ali, mais uma vez, repito, é a incompetência em comprar, o que é fundamental para o estado poder comprar bem e ter credibilidade.

Leandro - Mais alguma colocação

Sargento Lima - Eu gostaria de deixar claro, mais uma vez, repito. Sou um deputado que graças a Deus chegou aqui graças ao bom nome do presidente Bolsonaro. Não foi me utilizando de recursos de fundo partidário, não tenho pessoas trabalhando dentro de secretarias, não tenho dívida alguma com esse governo, nada devo para ele. Um governo que só desrespeita os parlamentares catarinenses, a minha pessoa de forma exclusiva, inclusive na tentativa de cassação do meu mandato para me deixar de fora da presidência da Comissão, porém não há nenhum revanchismo da minha parte, o que existe ali é uma vontade de fazer valer o salário que eu recebo. Pode ter certeza que o Sargento Lima vai ser ali um leão, defendendo a constituição, defendendo os direitos do catarinense até o último segundo.


Leandro de Souza - Rádio Piratuba FM

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