WhatsApp passa a criptografar todas as conversas de usuários


Novo recurso impede que terceiros e até a equipe do serviço tenham acesso ao conteúdo das mensagens.

O WhatsApp anunciou nesta terça-feira, 6, que adotou a criptografia de ponta a ponta em todas as conversas dos usuários – sejam mensagens de texto, voz, vídeo e foto. Isso significa que todas as mensagens são codificadas, de tal maneira, que apenas uma chave de segurança localizada no aparelho do destinatário conseguirá acessá-las. O WhatsApp já começou a liberar a nova tecnologia para seus 1 bilhão de usuários, que devem receber a nova funcionalidade ao longo das próximas horas.

O anúncio da nova tecnologia foi uma resposta clara à disputa entre a Apple e o FBI, que dominou o noticiário no último mês. A fabricante do iPhone se negou a desbloquear o smartphone utilizado por um dos atiradores de San Bernardino, mesmo depois de uma ordem judicial. A recusa da Apple – que teve o apoio de uma série de outras grandes companhias do setor de tecnologia – retomou a polêmica sobre segurança e privacidade em tempos de cada vez mais dados pessoais presentes em dispositivos móveis e em circulação na internet.

Em nota, o cofundador e CEO do WhatsApp, Jan Koum, afirmou que “o WhatsApp sempre priorizou manter os dados e a comunicação dos usuários da maneira mais segura possível”. Segundo a empresa, a partir da atualização do aplicativo para a versão mais recente, ninguém poderá ler o conteúdo de uma mensagem enviada por meio do serviço, como cibercriminosos, hackers, a Justiça de qualquer país ou mesmo a equipe que administra o serviço de mensagens instantâneas. “A criptografia de ponta a ponta ajuda a tornar a comunicação via WhatsApp privada, como uma espécie de conversa cara-a-cara”, disse Koum.

Isso significa que, nos casos em que a Justiça determinar que o WhatsApp precisa revelar o conteúdo da conversa para uma investigação, a empresa não terá condições técnicas de atender ao pedido. Além disso, mesmo que a polícia tente interceptar uma conversa por meio do aplicativo – por meio de uma invasão aos servidores do serviço, por exemplo – não terá a chave necessária para ter acesso ao conteúdo das conversas.

“Tem havido muita discussão sobre os serviços criptografados e o trabalho da Justiça. Embora reconheçamos o importante trabalho da Justiça em manter as pessoas seguras, os esforços para enfraquecer a criptografia arriscam a exposição de informações dos usuários ao abuso de criminosos virtuais, hackers e regimes opressivos”, disse o cofundador do WhatsApp, por meio da nota. Segundo o executivo, a adoção da tecnologia parte de uma convicção pessoal: ele cresceu na União Soviética durante o regime comunista e, segundo ele, as dificuldades na comunicação fizeram sua família se mudar para os Estados Unidos.

A partir da mudança, todas as conversas por meio do WhatsApp, inclusive por meio de grupos, são criptografadas por padrão. Os usuários não precisam fazer nada para ativar o recurso, que está presente na última versão do aplicativo, liberada em 31 de março.

Fonte: WH3


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