Brasileiros logo poderão transformar o celular em uma "carteira digital"
Samsung iniciou nesta semana no país testes com seu serviço Samsung Pay.
A promessa de transformar o celular em uma carteira digital, feita há anos por várias gigante de tecnologia, finalmente está prestes a virar realidade no Brasil. A Samsung anunciou que começou a fazer testes nesta semana no país com o serviço de pagamentos da empresa chamado Samsung Pay, que utiliza as tecnologias MST (Transmissão Magnética Segura) e NFC (Comunicação por Proximidade) para viabilizar compras em lojas físicas com o smartphone.
A empresa não fala em que estabelecimentos estão ocorrendo os testes, mas diz que na lista estão as próprias lojas de celulares da marca, supermercados, farmácias, restaurantes, grandes magazines e postos de gasolina. O Samsung Pay já está em funcionamento na Coreia do Sul, Estados Unidos, China, Espanha, Singapura e Austrália. Segundo a marca, o serviço chegará oficialmente ao Brasil no "curto prazo".
O acesso à carteira digital, porém, será limitado. No momento do lançamento, os portadores de cartões de débito e crédito terão a opção de fazer pagamentos somente com os últimos modelos de smartphones da marca: Galaxy Note 5, Galaxy S6 edge+, Galaxy A5 e A7 (2016), Galaxy S7 e o Galaxy S7 edge.
Além disso, os testes estão ocorrendo em parceria com o Banco do Brasil, Brasil Pré Pago, Caixa, Porto Seguro e Santander — inicialmente, apenas os correntistas destes bancos poderão usar o serviço.
Como funciona
Para utilizar o Samsung Pay, o usuário primeiro precisa fazer o download do aplicativo oficial. Em seguida, é preciso cadastrar no app informações sobre os cartões de crédito e débito que serão utilizados nas transações. Serão suportadas as bandeiras Visa e MasterCard.
O uso combinado das tecnologias MST e NFC permite que as compras sejam feitas em vários tipos de máquinas. Com o NFC, basta aproximar o smartphone de um terminal compatível. O MST, por outro lado, faz com que o celular simule um cartão magnético físico, o que possibilita compras com leitores de cartões mais antigos, que não são compatíveis com NFC. Por isso, a empresa faz questão de afirmar que o serviço será "aceito em praticamente todos os lugares onde você passa seu cartão de crédito ou débito".
A autorização da transação é feita a partir do leitor de biometria presente nos smartphones — um dos motivos que limita os modelos de aparelhos que podem ser usados.
Experiência catarinense
Entre os desenvolvedores de modelos de pagamento com objetos que não envolvem cartões ou o próprio dinheiro está a empresa catarinense Atar, de Timbó. A start up criou uma pulseira que também funciona por meio da tecnologia de transmissão de dados sem fio por aproximação, é à prova d'água e dispensa o uso de bateria. Integrado a um aplicativo no celular, permite ao usuário a recarga a partir do pagamento de boletos bancários, o recebimento de notificações a cada compra realizada e o acompanhamento do histórico de pagamentos. Tanto a estrutura de hardware quanto a de software são produzidas pela start up catarinense.
A Apple também possui seu serviço de pagamento móvel, intitulado Apple Pay, compatível com os smartphones e relógios inteligentes da marca — o recurso, no entanto, ainda está restrito aos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, China e Singapura.
O Google é outra companhia que tem apostado no ramo de transações móveis, com seus serviços Google Wallet e Android Pay. O Google Wallet permite fazer transferências para qualquer pessoa por meio do e-mail ou do número de celular e, até o momento, está disponível apenas nos Estados Unidos. O Android Pay, que se assemelha mais aos serviços da Samsung e da Apple, também está sendo usado por enquanto apenas em lojas norte-americanas.
Fonte: WH3